A Grande Estratégia dos Cachimbos: Como o Marketing e o Benchmarking Fizeram História em Guanhães
O marketing, amigos leitores, não é brincadeira para amadores e certamente não surgiu ontem. Vamos viajar de volta aos idos de 1870, muito antes da cidade de Guanhães ser coroada como a “Princesinha do Nordeste Mineiro”. Dois prósperos comerciantes dominavam o varejo da região. Cargueiros e tropeiros iam e vinham de Sabará, cidade que possuía a estação de trem mais próxima. Sabará era o hub logístico onde as mercadorias do Rio de Janeiro chegavam e os produtos locais eram despachados.
Os comerciantes de Guanhães faziam seus pedidos através de representantes regionais, e os telégrafos confirmavam as encomendas que chegavam a Sabará de trem e depois eram transportadas a cavalo até seus destinos finais. A concorrência entre os dois dominantes era feroz, mas mantida em um espírito de cordialidade invejável.
Agora, imagine a cena: um dos comerciantes, o mais esperto, cometeu um erro clássico de estoque e acabou com uma quantidade enorme de cachimbos que ninguém queria. Desesperado para se livrar desse encalhe, ele teve uma ideia brilhante. Como sua casa ficava perto da loja do concorrente, ele frequentemente parava para um “dedo de prosa” – ou como diríamos hoje, uma sessão de benchmarking. Ele observava a atuação do concorrente, analisava forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (o famoso SWOT) e, assim, arquitetou seu plano ousado.
Primeiro passo do plano: pediu a um compadre que vinha fazer compras na cidade para procurar cachimbos na loja do concorrente, garantindo que não mencionasse para quem eram os cachimbos. E assim, várias pessoas diferentes foram enviadas em dias alternados com a mesma missão: “Procure cachimbos”.
O comerciante concorrente começou a notar um aumento na demanda por cachimbos e pensou que talvez tivesse tropeçado em uma mina de ouro. Foi então que o astuto comerciante fez sua jogada final. Durante mais um dedo de prosa, mencionou casualmente que havia comprado uma quantidade enorme de cachimbos que não conseguia vender. O concorrente, já influenciado pela suposta alta demanda, viu uma oportunidade de ouro. Ele disse: “Eu, ao contrário, tenho tido procura por cachimbos. Se você quiser, fico com eles.”
Nosso esperto comerciante, disfarçando um sorriso, respondeu em tom de brincadeira: “Só se for tudo para eu me livrar deles. Te mando a nota de custo, você adiciona as despesas e uma pequena atualização no preço. Sei que você é um homem justo. Quanto ao pagamento, pode mandar dinheiro ou até completar com ferraduras, já que vejo que chegou um lote grande e o meu estoque está baixo.”
E assim, com uma jogada de mestre em marketing e benchmarking, o comerciante astuto desfez-se dos cachimbos encalhados. Dizem as más línguas que, anos depois, as caixas de cachimbos ainda estavam intactas na loja do concorrente.
Fiquem atentos; marketing não é para amadores e não surgiu agora…
Moral da história: no mundo dos negócios, um pouco de criatividade, benchmarking e ousadia podem transformar um problema em uma oportunidade – e deixar seu concorrente fumando… ou melhor, tentando vender cachimbos. -marketingHelp/Astro-
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